Bióloga há 22 anos, Neiva Guedes nunca teve animal de estimação, mas desde pequena tem uma grande afeição pelos animais, cuidando e a protegendo-os na natureza. Entre tantas espécies encantadoras, uma delas em especial atraiu a sua atenção, a arara azul, e a partir disso e de outros fatores que envolveram aspectos pessoais e profissionais, Neiva desenvolveu um projeto muito bem aceito na sociedade, e que hoje tem visibilidade e reconhecimento nacional, o Projeto Arara Azul.
A ligação entre a arara azul e a bióloga teve início em um curso de conservação da natureza, no Pantanal, quando a atenção de Neiva foi despertada ao ver, em uma árvore seca, mais ou menos 30 araras pousadas. Sua preocupação teve início ao ouvir de seu professor que a ave desta espécie estava em perigo de extinção, e que corriam um sério risco de desaparecer da natureza. Com isso, a bióloga tomou a iniciativa de fazer algo para a sua preservação pensando que “daqui algumas décadas, as pessoas precisam ver as araras na natureza”.
Na época eram somente 1500 araras azuis na região Pantaneira, e o motivo dessa pequena quantidade é unicamente o tráfico, que pôs a espécie sob ameaça de extinção. O empenho de Neiva era contagiante e resultou em uma equipe de pesquisa que se uniu ao Projeto Arara Azul, tendo como intenção acompanhar o desenvolvimento e a reprodução das aves e para procurar e vigiar os ninhos naturais e instalar ninhos artificiais.
A bióloga é reconhecida também fora do estado, inclusive é referência nas universidades por motivar projetos de conservação no Pantanal, mostrando dedicação, e além de tudo, amor pelo trabalho que executa.
Neiva conta que a arara azul, também é responsável por uma “manutenção” do ambiente, pois ela encontra árvores com pequenos buracos nas árvores, e neles, faz um abrigo grande para se reproduzir. Com esta ação, a ave também colabora com as outras espécies que usam estes buracos como abrigo durante o ano. Além disso, com a sua beleza, a arara é vista como bandeira para a conservação do ambiente como um todo, pois, para sua conservação é fundamental que o bioma esteja íntegro.
Este projeto mudou a visão das pessoas, dos fazendeiros e pantaneiros, contagiando o povo Sul-Mato-Grossense, que contribui para o projeto apontando regiões onde podem ser encontradas as araras com mais facilidade. Esta foi uma forma importante de aproximar a pesquisa acadêmica da realidade do pantaneiro, pois vários proprietários rurais e os moradores de fazenda passaram e compreender a importância das informações geradas para a conservação da espécie e do bioma. Hoje o projeto alou voos maiores e deu origem ao Instituto Arara Azul que, com pesquisas mais abrangentes, contribui para a conservação do bioma como um todo.
E você, já teve o prazer de encontrar araras azuis? Com certeza, no Pantanal você se depara com a ave. O Pantanal é um lugar lindo e apaixonante, e o trabalho da Neiva Guedes é algo envolvente e encantado. O Projeto Arara Azul é um dos pioneiros em mostrar que a parceria entre proprietário rural e pesquisadores pode render frutos belíssimos. Quem ganha com isso é cada um de nós e o Pantanal!
FONTE:http://www.expedicaopantanal.org
COMENTÁRIO DO BLOG ESCALADAS NO CERRADO: Excelente matéria do pessoal do EXPEDIÇÃO PANTANAL, Parabéns pela matéria, parabéns aos biólogos que trabalham no projeto "Arara Azul" em especial a Neiva Guedes! Vocês são guerreiros!! Só uma pequena observação: faltou o capacete e o óculos de proteção durante a atividade vertical mostrada em uma das fotos!! Segurança é tudo, tirou os pés do chão, capacete na cabeça e óculos de proteção!!! Este blog apoia tudo que se relaciona com escalada de árvores e por esse motivo resolvi replicar essa matéria!!! Grande abraço a todos e boas escaladas!!
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