terça-feira, 19 de novembro de 2013

Mais um curso básico de acesso ao dossel em Uberlândia neste último fim de semana (16 e 17 de novembro de 2013)

O último curso básico de acesso vertical ao dossel (escalada de árvores) da temporada 2013 ocorreu esse fim de semana, nos dias 16 e 17 de novembro, aqui em Uberlândia. Tudo ocorreu perfeitamente como planejado e na verdade até superou nossas expectativas, pois estávamos um pouco preocupados com a fase de transição e adaptação a um novo local para ministrar os cursos. Por esse motivo não conduzimos todas as atividades neste novo local e optamos por ministrar o curso em dois lugares diferentes. O primeiro dia foi no Centro de Estudos Terra Brazilis (CETB) e o segundo dia no "Pesque-Pague KM 15". Essa é a novidade dessa edição, a nova parceria com o Pesque-Pague KM 15 onde temos um local agradável, rodeado por dezenas de eucaliptos, facilidade de logística para almoço, etc. A despeito do uso de dois lugares diferentes, não tivemos prejuízo quanto à programação e a carga horária do curso. A justificativa para a nova parceria com o Pesque-Pague é que infelizmente recebemos a notícia que a chácara do CETB está a venda. Para a temporada 2014 utilizaremos somente o espaço do Pesque-Pague KM 15 para os cursos futuros. Nesta edição participaram:
Benjamin George Soame – professor de inglês em Uberlândia mas natural da Inglaterra;
José Elvino do Nascimento Júnior – biólogo, mestrando em Biologia Vegetal pela Universidade de Campinas (UNICAMP);
Ana Cláudia Alencar da Silva Santos – namorada do José, estudante de ciências biológicas na Universidade Federal de Sergipe;

Da esquerda para direita: Francisco Schimdt, José, Ana, Iza (esposa do Benjamin), Benjamim e eu (Alexandre) agachado.

Turma recebendo as primeiras instruções de manuseio dos blocantes de punho, no primeiro dia do curso.

Destacamos que essa é a terceira vez que recebemos alunos estrangeiros e neste caso foi o Benjamin Soame, da Inglaterra. Falando um pouco sobre cada aluno vamos começar pelo casal José e Ana que são biólogos. Quando questionado por que procurou o curso o José nos declarou que ele pretende utilizar as técnicas verticais de acesso ao dossel para estudar espécies da família Clusiaceae na Amazônia, durante o seu mestrado. Em relação à opinião do que achou do curso o José afirmou: “O curso prático foi muito bom! Talvez se houvesse mais um dia, os alunos poderiam se acostumar mais com as técnicas.” Já a Ana nos falou que procurou o curso a princípio pela necessidade de se fazer coletas botânicas e também poder ajudar seu namorado José, nas coletas do seu mestrado. Quando questionada sobre o que achou do curso ela nos declarou: “Achei o curso muito bom, principalmente por ter sido todo prático. O auxílio durante as subidas e descidas pelos instrutores foi fundamental, além de encorajar (pelo menos tentar) seus alunos. Essa segurança que vocês passaram foi muito importante.”

José e Ana em momento de descanço após escalarem no primeiro dia de curso.

O Benjamin me conheceu por meio de anúncios de venda de produtos para camping que costumo fazer via facebook. Fizemos amizade e acabei descobrindo que ele e a esposa, assim como eu, são amantes de assuntos como bushcraft e sobrevivencialismo. Dessa forma acabei fazendo propaganda do curso. Com relação a opinião do Benjamin sobre o curso ele nos disse: “I found the course very informative and exciting, both of the instructors have a wide range of knowledge, also this is taught in a friendly manner.” Ele ainda nos deu uma sugestão de que para agregar mais valor aos treinamentos que oferecêssemos um material impresso para os alunos com fotos dos principais tipos de nós utilizados no curso e também o passo-à-passo das técnicas básicas de escalada em árvores. Particularmente sou um pouco resistente a passar material impresso para que o aluno se concentre em aprender tudo de forma 100% prática e não confiar em manuais e guias, desprezando a importância da interação com os instrutores. Entretanto estaremos avaliando essa sugestão sim, com certeza!

Benjamim durante ascensão em um eucalipto utilizando corda simples (SRT) no segundo dia de curso!

Francisco passando as instruções sobre os diferentes tipos de nós que usamos no curso!

Ana quase chegando no galho do eucalipto no segundo dia de curso. Apesar de todo o medo que demonstrou Ana, nossos sinceros parabéns por você ter conseguido chegar neste ponto da árvore!

Benjamin após executar a técnica de passagem para a rede de dormir, simulando um pernoite na copa. Que cara mais folgado não????

Mais uma vez utilizamos a formatação 3 alunos e 2 instrutores e a exemplo de outros cursos com essa formação o desempenho das atividades seguiu conforme planejado, com bastante eficiência e segurança. Entretanto sempre peço que os alunos escrevam os pontos positivos e negativos sobre o curso para que possamos avaliar suas observações em reuniões de planejamento dos próximos cursos para melhorarmos o nível e a qualidade das atividades nas futuras turmas. Nesse sentido nos chamou a atenção a opinião do José mas que também foi compartilhada pela Ana. Os dois nos colocaram que achariam interessante se o curso fosse mais demorado, o problema é que com os anos de experiência dando cursos dessa natureza, cheguei a conclusão de que 16 a 20 horas de curso é suficiente para uma instrução de nível básico. Outro fator que deve ser levado em consideração é que como nós instrutores somos funcionários públicos e somente dispomos de horários aos fins de semana e feriados para dar esses cursos. Além disso, o principal público de alunos que nos procura, geralmente são os estudantes, que não dispõem de tempo durante a semana para esses cursos!

Francisco Schimdt de olho nos procedimentos do Benjamin na copa do Eucalipto.

Pessoal mais uma vez agradecemos aos alunos pela escolha do nosso curso! Obrigado ao meu parceiro de cursos, instrutor Francisco Carlos Schimdt. Obrigado a bióloga Neiva Beatriz Antunes por ceder mais uma vez sua chácara para que pudéssemos oferecer o primeiro dia de curso e obrigado também a Sra. Adriana (proprietária do Pesque-Pague Km 15) por ceder sua propriedade e hospitalidade para as atividades do segundo dia de curso. Um agradecimento especial à Iza Almeida Soame, esposa do Benjamin, que foi muito prestativa em solo e também deu uma super força como tradutora simultânea em diversos momentos do curso pois meu inglês está um pouco enferrujado. Sem a ajuda de vocês nada disso seria possível. Em tempo, informamos que daremos uma pausa nos cursos neste ano de 2013 para inspeção de equipamentos, planejamentos futuros, inspeção das árvores no novo local (pesque-pague KM 15) entre outras coisas. Muito obrigado a todos que confiaram no nosso trabalho e fizeram o ano de 2013 um ano especial e produtivo. Se você curtiu essa matéria compartilhe com seus amigos, venha nos conhecer e fazer nosso curso também! O agendamento é realizado durante todo o ano, sempre aos fins de semana e/ou feriados e condicionado a disponibilidade de vagas. Entre em contato conosco e tire suas dúvidas! Boa semana, saudações verticais!! SELVA!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Que árvores existem na Amazônia?

Fernando Reinach - O Estado de S.Paulo
Quantas espécies de árvores existem na Amazônia? Você não sabe? Não se preocupe, porque ninguém sabe. Mas agora cientistas obtiveram uma primeira estimativa. São aproximadamente 16 mil espécies. Essa descoberta veio com uma surpresa. As 227 espécies mais frequentes são responsáveis por 50% de todas as árvores presentes na região.

Mais de uma centena de cientistas se juntaram para estudar 1.170 quadrados de mata espalhados pelos 6 milhões de quilômetros quadrados de florestas que compõem a região amazônica. Cada um desses quadrados de 100 por 100 metros (o tamanho de um quarteirão) foi vasculhado palmo a palmo. As árvores foram contadas, identificadas e classificadas (a definição de árvore usada pelos cientistas é qualquer planta com um tronco com mais de 10 centímetros de diâmetro). Dado o tamanho da amostra, e a distribuição desses quadrados por toda a região, os cientistas acreditam que esses dados são suficientes para inferir a real biodiversidade de árvores presentes na região.

Nos 1.170 quadrados foram identificadas e classificadas 639.639 árvores, o que indica que na Amazônia a densidade média é de 565 árvores por hectare e o total de árvores existente na região é de 3,9 x 1011. Isso equivale a mais de 50 árvores por habitante do planeta Terra (somos aproximadamente 7,1 x 109 pessoas). Se cada um de nós derrubar uma árvore por dia, em menos de 2 meses liquidamos a floresta.

Nessa amostra de 639.639 árvores foram identificadas 4.962 espécies. O resultado mais surpreendente foi a distribuição das diferentes espécies. As 227 espécies mais abundantes da floresta representam 50% de todas as árvores presentes na amostra. As outras 4.750 espécies representam os outros 50% da amostra.

Em seguida, os cientistas organizaram as 4.962 espécies por ordem de representatividade na floresta. Para tanto, colocaram no eixo vertical de um gráfico a quantidade de indivíduos de cada espécie, e no eixo horizontal a posição da espécie no ranking de representatividade. Esse gráfico permite extrapolar uma reta que cruza o eixo horizontal na espécie de número 16 mil. É com base nessa extrapolação que os cientistas acreditam que devem existir aproximadamente 16 mil espécies de árvores nesse ecossistema. Esse número é muito parecido com o número de 15 mil espécies estimado por diversos outros métodos.

A distribuição desigual de espécies significa que, apesar da grande biodiversidade de árvores, um número pequeno de espécies é responsável por grande parte de todas as árvores, enquanto as outras espécies possuem poucos exemplares na região.

Essa desigualdade é enorme: 227 espécies cobrem 50% da floresta, 5.853 espécies cobrem 49,88% da floresta e as restantes 10 mil espécies cobrem 0,12% da floresta. Isso significa que as 6 mil espécies menos frequentes na Amazônia são extremamente raras. Os cálculos feitos pelos cientistas indicam que provavelmente elas possuem menos de 1 mil indivíduos em toda a região amazônica.

Essa descoberta tem implicações importantes para os estudos da região amazônica. Como grande parte da floresta é composta por um pequeno número de espécies, os cientistas acreditam que a floresta é provavelmente muito menos resistente às mudanças ambientais do que se imaginava. Se o ambiente se tornar desfavorável para uma fração das espécies dominantes, grande parte da floresta desaparece.

Além disso, a baixa frequência das espécies mais raras (com menos de 1 mil indivíduos em toda a região) torna praticamente impossível fazer um levantamento completo de todas as espécies presentes na região. É provável que muitas dessas espécies desaparecerão muito antes de serem identificadas.

Esse estudo é um bom exemplo do pouco que sabemos sobre a biodiversidade da Amazônia. Tal como a caixinha de Pandora, a floresta é cheia de surpresas.

* É biólogo

(Mais informações: Hyperdominance in The Amazonian Tree Flora. Science Vol. 342, pag. 1243093 2013)

FONTE: http://www.estadao.com.br/

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Ain't no tree high enough: Climbing South Africa's leafy summits

By Teo Kermeliotis and Jenny Soffel, CNN
November 7, 2013 -- Updated 1057 GMT (1857 HKT)

(CNN) -- David Wiles can't remember the first time he ever climbed a tree, but he does recall the first time he fell from one.
"I was about nine years old at a friend's party," says South African-born Wiles, 25. "I was told, 'do not climb that tree,' and as a child you always know better," he smirks.
That fall, however, was never enough to uproot Wiles' childhood fascination with hauling himself up tree trunks and clambering up branches. Nor did it prevent him from becoming a professional tree climber -- and embarking on a mission to reach the leafy summits of some of Africa's tallest specimens.
Last January, Wiles, along with fellow tree climber Drew Bristow, launched an expedition of tree enthusiasts aiming to explore and officially document for the first time some of South Africa's greatest trees.

A group of international tree climbers has embarked on a mission to explore some of Africa's most spectacular trees.

Read: 'Chewbacca bat' and other bizarre species found in national park (http://edition.cnn.com/2013/08/05/world/africa/chewbacca-bat-stinky-beetles/)
Rubber: From trees to wheels Namibian forest frozen in time

"I wanted to show Africa's beautiful trees to the world, bringing more awareness -- therefore protection -- to people who may not necessarily be interested in trees normally," says Wiles, co-founder of the "Explore: The Ancient Trees of Africa" project. "It's all about celebrating trees, educating people and preserving for generations to come."

Launched by David Wiles (pictured), the "Explore: The Ancient Trees of Africa" project is aiming to help highlight the need to preserve South Africa's spectacular trees.

Last January, the group climbed Africa's biggest baobab in South Africa's Limpopo province.

Record-breaking
Over 30 days, the team journeyed through the entire East coast and northern swathe of the country, covering more than 4,000 kilometers. Swinging like marionettes, the climbing troupe used tree-friendly ropes and motorized ascenders to scale some 20 magnificent trees, such as ancient baobabs, majestic yellowwoods and giant Saligna gum trees.
Highlights of the expedition included ascending the world's biggest baobab -- a giant indigenous tree in the Limpopo province, boasting a 40-meter stem circumference at its peak (its size varies according to weather conditions, explains Wiles).


"Just watching the sun going down from the top of that tree was amazing," remembers Wiles. "You are in the middle of nowhere and the only thing that you can hear around you is birds," he adds.

The group also scaled climbed for the first time what was measured to be the world's tallest planted tree: an 81.5-meter eucalyptus in Limpopo.

"Just watching the sun going down from the top of that tree was amazing," remembers Wiles. "You are in the middle of nowhere and the only thing that you can hear around you is birds," he adds.
"It makes you feel so small and insignificant. It also humbles you as these trees have stood for hundreds of years, thousands in some cases. Your mind wonders what they have been silent witnesses to over the centuries."
Read this: Saving the majestic baobab tree
It makes you feel so small and insignificant. It also humbles you.
David Wiles, tree climber
Wiles and his climbing partners also made history on January 26 when they scaled new heights by ascending for the first time what was measured to be the world's tallest planted tree: a giant eucalyptus in Limpopo which, at 81.5 meters, would tower above a 25-story building.
But the vista from the lofty canopy, says Wiles, served as a "very stark wake-up call" to the extent of the human destruction of even the most pristine habitats.
"You look in one direction and you've got a beautiful forest and some of Africa's tallest trees," says Wiles. "And then you turn 180 degrees and face backwards and there's nothing," he adds. "It's a complete contrast; (the area has) been cleared out, they've cut literally all of the trees down -- that was quite sad."
Outstanding trees
South Africa has an exceptional heritage of spectacular trees, boasting a large diversity of more than 1,300 tree and shrub species, as well as more than 1,000 introduced species, according to Izak van der Merwe, a forestry scientist at the country's Department of Agriculture, Forestry and Fisheries.
Yet illegal forestry, bushfires and industrial activities have had a big impact on some of South Africa's forests, threatening the country's rich biodiversity.

The climbers are using tree-friendly modern scaling techniques that involve a mechanical ascender which makes scaling easier and safer.

"We work on a leave-no-trace policy so the use of spurs is 100% no go!" says Wiles. "We shoot a thin 1.5mm line with a 8/10oz weight up into the canopy using a 10ft tall slingshot or crossbow," he adds. "We then disconnect the weight and tie on our rope and haul the thin line back pulling out climbing lines into the tree."

Wiles (left) and co-founder Drew Bristow also helped in installing nest boxes for the endangered Cape Parrot, an endemic species of which less than 1,000 are thought to be alive.

Read: 'Wall of trees' to protect Nairobi wildlife

In order to identify and safeguard its magnificent trees, the government launched in 2004 a project that gives special protected status to outstanding trees, based on their size and age as well as their historic, cultural and landscape value.
Your mind wonders what they have been silent witnesses to over the centuries.
David Wiles, tree climber
So far, more than 70 trees and groups have been declared "Champion Trees," a title that means they may not be cut, disturbed or damaged without prior license.
Wiles, who was born in South Africa and grew up in Zimbabwe before moving to the UK as a teenager, approached the "Champion Trees" project before embarking on his expedition. The authorities asked him if he could help in officially recording the height of specific trees and Wiles proudly says that his project has added up to four trees to the Champion Tree list.
Along the way, the team used mechanical ascenders to take non-climbers safely to the top of the amazing trees and experience the breathtaking vistas -- everyone from school children to national park rangers.
"This all goes to discovering and showcasing these amazing trees for people who will never see them themselves, as well as inspire some to go out and see them," says Wiles.
What's next?
In August, the team also helped to install treetop nest boxes for the endangered Cape Parrot, an endemic species of which less than 1,000 are thought to remain.
"Our skills as climbers allow us to see things no one has even seen before, and therefore offer vast research possibilities," explains Wiles, adding that the team is hoping to return to Limpopo as soon as possible to install further nests.

Wiles says the team is now hoping to gain more scientific backing for the Cape Parrots project and return to Limpopo as soon as possible to install more nests.

Wiles and Bristow enjoying the views from the tallest yellowwood tree in Eastern Cape.

As part of its educational focus, the group also gave school children the chance to experience the thrill of climbing South Africa's magnificent trees.

Can you think of a better place to take a nap?

... or just hang out for a while?

"We hope to gain more scientific backing into the Cape Parrots -- we are climbing arborists after all, not scientists -- and develop more knowledge and hopefully breeding pairs using the nest boxes successfully."
When asked if there is one specific tree that's on his bucket list, Wiles pauses for a moment, before declaring: "The one we haven't found!"
He adds: "I wouldn't say there is one particular tree because at the moment we've climbed the biggest and the most beautiful, but there is so much more; there is going to be something else out there that is going to blow me away, it's just a case of finding it -- there's always a search for the next big one."

FONTE: http://edition.cnn.com/

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Mais um curso básico de acesso ao dossel em Uberlândia neste último fim de semana (28 e 29 de setembro de 2013)

Sucesso total em mais um curso básico de acesso vertical ao dossel em Uberlândia neste fim de semana (28 e 29 de setembro)! Essa edição do curso ocorreu no Centro de Estudos Terra Brazilis. A turma ficou composta por:
Sandro Renato Ferreira – Engenheiro agrônomo
Emanuelle de Toledo Alcazas - esposa do Sandro
Diana Salles Sampaio – bióloga, professora da Universidade Federal de Uberlândia;
O destaque neste curso ficou para o Sandro Ferreira e sua esposa Emanuelle que são empresários na área de produção de borracha (cultivando Hevea brasiliensis L.) e também para a presença, pela primeira vez, de uma professora da Universidade Federal de Uberlândia como aluna, a Profa. Diana Salles.

Em pé da esquerda para direita: Francisco Schimdt, Diana Salles, Sandro Ferreira, Emanuelle e Alexandre Coletto(agachado).

O Sandro nos relatou que encontrou informações sobre o curso na internet quando procurava uma alternativa para explorar o turismo rural. A procura de nosso curso com esse objetivo nos enche de alegria pois constantemente estamos divulgando por meio de palestras em diferentes ocasiões e instituições o uso do "treeclimb" para a exploração do turismo alternativo, ou turismo não convencional. Com o aumento do turismo no Brasil em função dos grandes eventos esportivos, a escalada de árvores poderá se tornar uma alternativa muito interessante para um público mais seleto e interessado em um contato mais radical com a natureza. Em relação ao curso o Sandro nos disse: “O curso atendeu as expectativas, não deixando nada a desejar”. A Emanuelle nos relatou que resolveu fazer o curso para acompanhar seu esposo e também ficou contente com o que aprendeu durante a execução das atividades.
Sandro Ferreira em procedimento de ascensão!

Emanuelle na rede, se preparando para descer com segurança garantida por Alexandre Coletto.

Sandro na rede, clipado no sistema SRT.

A professora Diana afirmou: “Meu interesse em realizar o curso visou analisar possibilidades em utilizar a escalada no trabalho botânico que envolve coleta de sementes, polinizações experimentais e observação de visitantes florais, dentre outros.” Realmente são diversas as possibilidades de se utilizar as técnicas de escalada para a pesquisa. Neste blog já abordamos esse tema de forma exaustiva e nos traz muito alegria quando alunos procuram o curso com o objetivo de utilizar esse conhecimento como ferramenta para auxiliar o desenvolvimento da ciência. A Diana já se mostrou interessada em desenvolver pesquisas na área de dossel em cooperação conosco, espero que realmente isso possa se concretizar e que a Universidade Federal de Uberlândia possa se tornar um centro de difusão de conhecimento da área de dossel no Triângulo Mineiro.
Diana Salles em procedimento de ascensão!

Diana se preparando para passar para a rede.

Francisco Schimdt ensinando os tipos de nós básicos utilizados neste curso.

Momento de descontração: primeiro plano Francisco Schimdt, Emanuelle em ascensão e Sandro na rede.

Novamente agradecemos aos alunos pela escolha do nosso curso! Obrigado a bióloga Profa. Neiva Beatriz Antunes por emprestar mais uma vez sua chácara para que esse curso pudesse ocorrer. Sem a sua ajuda nada disso seria possível. Obrigado ao parceiro de atividades verticais Francisco Schimdt pela ajuda em mais um curso. Se você curtiu essa matéria compartilhe com seus amigos, venha nos conhecer e fazer nosso curso também! O agendamento é realizado durante todo o ano, sempre aos fins de semana e/ou feriados e condicionado a disponibilidade de vagas. Entre em contato conosco e tire suas dúvidas! Boa semana, saudações verticais!! SELVA!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

QUANDO OS HUMANOS MATARAM O SER VIVO MAIS ANTIGO DA TERRA


Em 1964, um pinheiro (Pinus longaeva) foi cortado em Nevada, estado americano, em nome da pesquisa científica. Após a contagem dos seus anéis, o muno descobriu que ele tinha cerca de 5.000 anos. E nós havíamos acabado de matar o que, na época, era o ser vivo mais antigo da Terra.

Donald Currey foi o responsável pelo “assassinato”. Ele estava procurando evidências sobre a Pequena Idade do Gelo, um período de tempo entre os anos 1300 e 1800 no qual a temperatura da Terra presumivelmente caiu ligeiramente, atingindo seu ponto mais baixo em algum momento de 1600.

Ele queria encontrar uma árvore que tivesse vivido todo esse período para que pudesse estudar seus anéis, e a localizou no que é hoje o Great Basin National Park, um parque florestal em Nevada. Para analisá-la, decidiu usar uma ferramenta de perfuração para tirar uma amostra.

No entanto, a madeira desse exemplar era muito densa, e a árvore era muito grande, eventualmente prendendo sua ferramenta de perfuração. Ele não poderia retirá-la sem uma motosserra. Neste ponto, ninguém sabia quantos anos essas árvores realmente tinham. Elas viviam em um clima severo, e a árvore que o cientista queria cortar tinha uma aparência retorcida e abatida.

Foi só mais tarde, depois de contar mais de uma vez para ter certeza, é que ele se deparou com a dura realidade de que aquele ser, até então vivo, tinha mais de 5.000 anos de idade. Na época, isso a tornava a mais antiga árvore conhecida no mundo. Ela tinha até mesmo nome, dado por um grupo de amantes da natureza: Prometeu.

Após esse dramático símbolo descobriu-se que outro pinheiro da mesma floresta, Matusalém, também tem 4.841 anos – e esse está vivo e secretamente protegido pelo Serviço Florestal.

Infelizmente é a ciência tem um preço. Mas quão alto ele é?

FONTE:http://hypescience.com/o-ser-vivo-mais-velho-que-os-humanos-ja-mataram/

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Conheça a comunidade costarriquenha que mora em uma vila de casas feitas nas árvores

Buscando harmonia, tranquilidade e paz um casal decidiu construir sua casa numa árvore para poder apreciar a vista do local. Depois convidaram amigos para morarem em casas similares e criaram uma vila de casas feitas nas árvores no meio da Floresta

O sonho de muitas crianças é ter uma casa na árvore, é como um símbolo da independência da criançada e dos amiguinhos em poder ter um espaço privado, normalmente no quintal de casa, onde os pais não entram, mas estão sempre por perto.
E por que perder o sonho de liberdade de uma criança?
Afinal, nos filmes e histórias infantis, a casa na árvore é sempre um marco bastante importante da infância. O fato de ter a natureza por perto e de não precisar da tecnologia para garantir a diversão são alguns dos fatos que brincam bastante com o imaginário de qualquer um.

Em uma espécie de conceito hippie moderno, a natureza parece acolher o homem que apenas quer apreciá-la - Foto: Divulgação/Finca Bella Vista

Buscando a harmonia, tranquilidade e paz presente nas mais virtuosas cronicas, livros e literatura, o casal Mateo e Erica Hogal começou o que hoje se tornou um espaço perfeito para buscar a paz espiritual, criaram uma comunidade chamada Finca Bellavista – Uma Sustentável Comunidade de Casas na Árvore.
Em uma espécie de conceito hippie moderno, a natureza parece acolher o homem que apenas quer apreciá-la. Contrastando aos maiores e mais modernos arranha-céus das grandes metrópoles, Finca Bellavista oferece algo mais rústico e simplista, valorizando a beleza, a sonoridade e a paz que só a natureza é capaz de oferecer.


Eles então compraram uma propriedade de 62 hectares e convidaram alguns amigos para se juntares a eles nesta nova aventura - Foto: Divulgação/Finca Bella Vista

Tudo começou em 2006, quando Mateo foi com amigos a uma surf trip pela Costa Rica e se apaixonou pela beleza do lugar, convidando posteriormente Erica para viajar junto com ele. Mateo foi fazer uma viagem pela floresta tropical da Costa Rica e se apaixonou pela beleza do lugar, convidando posteriormente Erica para viajar junto com ele. Depois de explorarem parte da floresta, o casal Hoga encontrou uma das vistas mais bonitas que já tinham presenciado, senão a mais bonita, do Rio Bellavista.


A comunidade é visitada por muitos turistas e tem área reservada para os que quiserem apreciar as casas na árvore, sem morar definitivamente nelas - Foto: Divulgação/Finca Bella Vista

Eles então compraram uma propriedade de 62 hectares e convidaram alguns amigos para se juntares a eles nesta nova aventura: construir casas nas árvores. Nascia assim o Fianca Bellavista, que hoje já conta com mais de 600 hectares.
A comunidade é visitada por muitos turistas e tem área reservada para os que quiserem apreciar as casas na árvore, sem morar definitivamente nelas.
A missão da Finca Bellavista, contudo, é oferecer a oportunidade das pessoas morarem ecologicamente dentro das copas das árvores, dentro do ecossistema de uma floresta original, para promover a conservação das espécies e do meio natural.


Contrastando aos maiores e mais modernos arranha-céus das grandes metrópoles, Finca Bellavista oferece algo mais rústico e simplista - Foto: Divulgação/Finca Bella Vista

Como Chegar
Avião
Para chegar a Finca Bella Vista é recomendável pegar um avião na Capital da Costa Rica, San José, para o aeroporto regional de "Juan Santa Maria". As aéreas que fazem transporte para a região são a Palmar e a Golfito.
Após o voo ainda são necessários mais 30 minutos de taxi para chegar ao local. Antes de entrar no taxi é necessário avisar ao motorista qual será o destino, pois apenas veículos 4x4 chegam em Finca Bella Vista.
Ônibus
É mais barato, porém cansativo. O ônibus é uma boa opção para quem prefere ir com os pés no chão. Escolha um ônibus que vá para as cidades de Paso Canoas, Golfito, Ciudad Neilly ou Rio Claro, pois todos elas passam pelas cidades de Chacarita, Piedras Blancase e La Florida (que são caminho para Finca Bella Vista). A única Companhia que faz este percurso é a 'Tracopa'.
Quando chegar há alguma das cidades citadas acima deverá descer do ônibus e pegar um taxi com destino ao paraíso de Finca Bella Vista.
Serviço
Site da Finca Bella Vista: http://www.fincabellavista.com/
Site Oficial do Governo: http://www.casapres.go.cr
Capital: San José
Moeda: Colón costa-riquenho (use a moeda local, pois os comerciantes não costumam aceitar outras moedas)
Língua: Espanhol
Temperatura Média: 30ºC
Por Dennys Marcel

FONTE: www.uol.com.br

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Memórias do dossel

por João Marcos Rosa em 25 de junho de 2013

Semana passada, fui convidado pelo professor Sérvio Ribeiro, biólogo da Universidade Federal de Ouro Preto, para apresentar alguns trabalhos em uma reunião do Clube de Ciência, em Belo Horizonte. O projeto reúne pesquisadores da região para falar, em ambiente mais informal, de estudos a respeito do dossel, como é chamado o estrato superior da floresta tropical.

Acalorados em discussões sobre os protestos que acontecem pelo Brasil, lembramos do nosso primeiro encontro no parque estadual Rio Doce, leste de Minas Gerais. Na ocasião, Sérvio organizava um Curso de Pesquisa em Dossel e eu produzia uma reportagem para um jornal. Aproveitei que estava no parque e propus ao editor Ronaldo Ribeiro o que seria a minha primeira reportagem para a revista National Geographic Brasil.

Além das portas abertas para a publicação que sempre admirei, minha fotografia, a partir dessa viagem, teve seus horizontes renovados: o dossel, o topo das florestas.

Apesar do medo de altura que sempre me acompanhou, foi paixão à primeira vista. Literalmente. A partir do dia em que alcancei o topo de uma árvore, foram milhares de horas passadas naquele ambiente, em alturas que ultrapassaram os 50 metros. De lá, pude observar a beleza da floresta e suas espécies de um ponto de vista especial.

Curioso para conhecer um pouco mais sobre o dossel? Confira as imagens abaixo e visite os links com reportagens dos fotógrafos de National Geographic Tim Laman (Aves-do-paraíso: paraíso encontrado) e Michael Nichols (As superárvores), produzidas também no alto das árvores.


Vale o esforço para ter a vista do alto da Floresta Nacional de Carajás, Pará.


O escalador Olivier Jaudoin se aproxima de um ninho de harpia. Carajás, Pará.


O pesquisador Benjamin da Luz relaxa em sua rede na Mata Atlântica baiana.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A revolução das árvores na Turquia

Os últimos acontecimentos de Istambul, Turquia relatados por uma blogueira turca:

"Estou escrevendo para que entendam o que está acontecendo em Istambul nos últimos 5 dias. Pessoalmente, eu tenho que escrevê-lo porque a maioria dos meios de comunicação são calados pelo governo e o boca-a-boca e a internet foram as únicas maneiras que nos restaram para nos explicarmos e gritarmos por ajuda e suporte.

Há quatro dias (28/05/2013) um grupo de pessoas alheias a qualquer organização ou ideologia específica se juntaram no Istanbul's Gezi Park (um importante parque central da cidade). Seus motivos eram simples: prevenir e protestar contra a demolição agendada de todo o parque para a construção de um shopping bem no centro da cidade. Existem numerosos shoppings em Istambul, pelo menos um em cada bairro! O corte das árvores estava programado para iniciar na quinta-feira (28) pela manhã. As pessoas foram até lá: mulheres com seus lenços, pessoas com seus livros, famílias com crianças. Ocuparam a praça com suas barracas e passaram a noite sob as árvores. Na manhã seguinte, quando os tratores começaram a destruir algumas árvores centenárias, as pessoas se puseram no caminho dos operários para interromper a demolição.



Eles não fizeram nada além de manter-se parados frente às máquinas.

Nenhum jornal, nenhum canal de televisão, ninguém estava lá para cobrir o protesto. Houve um completo blecaute da informação por parte da mídia.

Mas a polícia chegou: com seus veículos com canhões de água e spray de pimenta a jato, eles perseguiram a todos em volta do parque.

À noite, o número de protestantes se multiplicou. O mesmo aconteceu com a força policial. Enquanto isso, o governo local de Istambul desabilitou todas as formas de entrada para a Taksim Square, aonde o Gezi Park está localizado. O metrô foi bloqueado, assim como todos os transportes coletivos e inclusive algumas ruas.

Ao contrário do que se queria, mais e mais pessoas marchavam a pé rumo ao centro de Istambul.

Eles vinham de toda parte. Vinham com diferentes passados, diferentes ideologias, diferentes religiões. Todos se reuniram para prevenir a demolição de algo maior do que o parque: O direito de viver como cidadãos honrados de seu país.

Eles se reuniram e marcharam. A polícia os perseguiu com spray de pimenta e muito gás lacrimogênio. Avançavam com seus tanques sobre todos que se colocavam no caminho. Dois jovens foram atropelados e mortos pelos tanques. Outra jovem, uma amiga minha, foi atingida na cabeça por uma lata de gás lacrimogênio. A polícia atirava à queima-roupa e a acertou em cheio, resultando num traumatismo craniano. Ela se encontra em estado grave no hospital.



Estas pessoas são minhas amigas. Meus alunos, meus parentes. Não existe uma <> como o Estado gosta de afirmar. Sua agenda está aí, e está muito clara. O país inteiro está sendo vendido pelo governo às grandes corporações, para a construção de shoppings, condomínios de luxo, rodovias, plantas nucleares. O governo está procurando (e criando quando necessário) qualquer desculpa para atacar a Síria contra a vontade de seu povo.

Acima de tudo isso, o controle do governo sobre a vida das pessoas tem se tornado insuportável nos últimos tempos. O Estado, sob sua agenda conservadora, passou muitas leis e regulamentações relativas ao aborto, à venda e ao uso de álcool e até mesmo restrições sobre a cor do batom das aeromoças das linhas aéreas da Turquia.

As pessoas que estão marchando no centro de Istambul estão demandando o direito de viver livremente e receber justiça, proteção e respeito de seu Estado. Eles demandam envolvimento nas decisões de interesse público do lugar onde vivem.

O que eles receberam além de força excessiva e numerosas quantidades de gás lacrimogênio direto em seus rostos?

Apesar das duas mortes, dos feridos, ou até das duas pessoas que perderam a visão, ainda estão todos lá. Milhares de pessoas se juntando a cada dia.

Escolas, hospitais e até mesmo hotéis 5 estrelas ao redor da Taksim Square abriram suas portas às pessoas feridas. Médicos encheram salas de aula para prover primeiros socorros. Alguns policiais se recusaram a jogar spray em pessoas inocentes e se demitiram.

Ao redor da praça, a polícia colocou bloqueadores de sinal para impossibilitar as pessoas de se comunicarem com seus sinais 3G. Residentes e comerciantes da área disponibilizaram zonas de wireless para que as pessoas conseguissem acesso. Restaurantes estão provendo comida e água sem custo.

Pessoas em Ankara e Izmir se reuniram nas ruas para apoiar a resistência de Istambul.

E os meios de mídia continuam mostrando a Miss Turquia e o gato mais estranho do mundo."

Texto original: http://goo.gl/w37Xr

terça-feira, 28 de maio de 2013

Mais um curso básico de acesso ao dossel em Uberlândia neste último fim de semana (25 e 26 de maio de 2013)

É com satisfação que neste fim de semana (25 e 26 de maio) conduzimos mais um curso básico de acesso vertical ao dossel em Uberlândia! Excepcionalmente dessa vez o curso ocorreu em dois lugares diferentes, no Condomínio e Clube Morada do Sol (primeiro dia) e no Centro de Estudos Terra Brazilis (segundo dia). Isso aconteceu porque no dia 26 de maio a chácara da Morada do Sol, onde normalmente utilizo ocorrem os cursos, foi utilizada para outro evento. A despeito do uso de dois lugares diferentes, não tivemos prejuízo quanto à programação e a carga horária do curso. Nesta edição participaram:
Jorge de Oliveira Vitorino – Diretor Presidente do Grupo de Escoteiros São Sebastião em Uberlândia (56o - MG);
Raissa de Almeida Vitorino – estudante do ensino médio, escoteira e filha do Jorge Vitorino;
Baptiste Benoide-Lizon – francês, estudante de horticultura, aluno de intercâmbio na UNESP, campus de Botucatu – SP;
Antoine Quéro - francês, mestrando em Horticultura, aluno de intercâmbio na UNESP, campus de Botucatu – SP;


Da esquerda para direita: Antoine, Baptiste, Jorge, Raissa, Alexandre e Francisco Schimdt.


Turma recebendo as primeiras instruções de manuseio dos blocantes de punho, no primeiro dia do curso.

Merece destaque neste curso o perfil dos alunos, pois tivemos o prazer de receber pela primeira vez alunos estrangeiros (os franceses Antoine e Baptiste) e alunos escoteiros (o Jorge e sua filha Raissa). Falando um pouco sobre cada aluno vamos começar pelo Antoine e pelo Baptiste que são alunos de intercâmbio franceses (convênio entre Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES - e Ministério da Agricultura Francês) pelo Programa Brasil/França Agricultura – Brafagri. O Brafagri é um programa bilateral entre Brasil e França para a troca de estudantes de graduação nas áreas de ciências agronômicas, agroalimentares e medicina veterinária. Antoine e Baptiste são alunos do curso de Horticultura, no Agrocampus Ouest, na cidade de Angers, na França. Quando questionado porque procurou o curso Antoine nos declarou: “Fiquei interessado por esta formação para subir nas árvores, isso porque eu gosto e durante minha vida (estágio, cortar árvores, coletar amostras, estudo ecológico) vou usar essas diferentes técnicas e acho que vou continuar a me formar sobre as diferentes técnicas de escalada nas árvores”. Sobre o curso Antoine nos falou o seguinte: “A formação foi muito boa, interessante, técnica e muito interativa. Não tenho perguntas agora e comecei a entender bem a técnica de SRT. Parabéns a vocês, o método que vocês usam é completo. Obrigado!”


Antoine durante ascensão em corda simples (SRT).

O Baptiste companheiro de intercâmbio do Antoine nos disse que procurou o curso porque sempre foi apaixonado por plantas e principalmente por epífitas e que gosta de escalada. O Baptiste achou o curso bem legal, muito interessante devido aos seguintes motivos: “foi orientado para ecologia e serviços ambientais”; “prático e teórico, achei resposta a todas minhas perguntas”; “instrutores bons!”. Baptiste nos falou ainda que pretende comprar os equipamentos e continuar a escalar árvores porque gostou muito do que conheceu no curso! Já no final do segundo dia, no momento em que estávamos recolhendo o material para finalizar o curso o Baptiste me falou que pretende viajar para Madagascar e escalar árvores por lá com objetivo de pesquisa, o que nos deixou muito felizes e orgulhosos.


Baptiste durante ascensão em corda simples (SRT)quase chegando no galho alvo para sua ancoragem.

Quanto a Raissa ela nos informou que é escoteira, e que desde criança gosta de natureza e de subir em árvores! No seu depoimento ela disse: “meu pai ficou sabendo do curso e me chamou, de última hora resolvi fazer”. Sobre o curso ela afirmou “Gostei muito do curso, pois aprendi como escalar com segurança e como escalar corretamente, foi bom a equipe do curso no todo. Agradeço aos instrutores por todo conhecimento repassado”.


Raissa já estabilizada, após ascensão em corda simples no ponto indicado pelos instrutores, para para fotografia.

E por fim o Jorge nos disse: “O curso foi bom, com bom desempenho e linguagem adequada, tive oportunidade de adquirir as técnicas adequadas para desenvolver atividades com segurança”. Por ser escoteiro o Jorge nos disse que aceitou com alegria o convite para fazer o curso afinal ele gosta muito de atividades ao ar livre, arvorismo, rapel e principalmente por em prática os conhecimentos sobre segurança que utiliza nas atividades escoteiras.


Jorge após executar a técnica de passagem para a rede de dormir, simulando um pernoite na copa.

Foi motivo de muita alegria ter dois escoteiros e dois alunos franceses na turma fazendo o curso com a gente. A França tem muita tradição na área de atividades verticais, e para nós é no mínimo inusitado receber alunos franceses. Eles terão chance de atuar nessa área na França especialmente pela facilidade de aquisição de equipamentos, com preços mais acessíveis que no Brasil. Além disso, há grupos de treeclimb muito experientes por lá e a arboricultura é uma área muito desenvolvida, assim como o paisagismo e a jardinagem. Enfim, estamos torcendo por vocês Antoine e Baptiste, esperamos que vocês possam se profissionalizar nessa área.


Antoine recebendo treinamento de nó blocante em freio descensor enquanto Baptiste na copa realiza a foto.

Mais uma vez utilizamos a formatação 4 alunos e 2 instrutores e a exemplo de outros cursos com essa formação o desempenho das atividades seguiu conforme planejado, com bastante eficiência e segurança. Entretanto sempre peço que os alunos escrevam os pontos positivos e negativos sobre o curso para que possamos avaliar suas observações em reuniões de planejamento dos próximos cursos para melhorarmos o nível e a qualidade das atividades nas futuras turmas. Nesse sentido me chamou a atenção a opinião do Baptiste quanto aos pontos negativos. Ele destacou dois pontos:
1 – ele gostaria de ter feito o curso em uma área de mata primária para ter contato com mais plantas e mais árvores;
2 – achou que 4 alunos é um número alto para a turma pois limita muito o tempo de prática;
Bom quanto ao primeiro ponto nós (instrutores) decidimos escolher árvores dentro do ambiente “urbano” para o curso por questão de segurança, afim de preservar os alunos. Dessa forma em caso de imprevistos ou acidentes, é possível obter atendimento com maior rapidez. Outro motivo dessa escolha é a facilidade da logística para uso de banheiros ou mesmo acesso a refeição, o que acaba não prejudicando a agenda de atividades e o cronograma do curso.
Em relação ao segundo ponto decidimos limitar a turma até 4 alunos para que possa haver maior interação entre as duplas de escaladores, garantia da qualidade e segurança. A ideia é o aluno estar o tempo todo aprendendo, pois o referencial muda constantemente. Você consegue enxergar determinadas coisas quando está escalando e outras quando está vendo seu amigo escalar. Essa é a ideia, mudar o referencial, mas aprender durante todas as atividades do curso em conjunto, interagindo com seus colegas. A despeito disso, e diante de sua observação, nós ficaremos mais atentos para que os alunos não tenham, de forma alguma, essa sensação de “estou praticando pouco porque tenho que acompanhar a turma”! Agradecemos sua contribuição Baptiste!


Alunos no momento da recapitulação dos nós que foram utilizados durante o curso.


Baptiste e Jorge em momento de descontração na copa.

Pessoal mais uma vez agradecemos aos alunos pela escolha do nosso curso! Obrigado ao meu irmão Ronaldo Coletto da Silva e minha cunhada Maria José Floresta e também a bióloga Neiva Beatriz Antunes por cederem mais uma vez suas chácaras para que esse curso pudesse ocorrer. Sem a ajuda de vocês nada disso é possível. Obrigado ao parceiro de atividades verticais Francisco Schimdt pela ajuda em mais um curso. Se você curtiu essa matéria compartilhe com seus amigos, venha nos conhecer e fazer nosso curso também! O agendamento é realizado durante todo o ano, sempre aos fins de semana e/ou feriados e condicionado a disponibilidade de vagas. Entre em contato conosco e tire suas dúvidas! Boa semana, saudações verticais!! SELVA!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Jardim Botânico promove curso de poda e escalada em árvores

O Jardim Botânico, em Porto Alegre, sediará nos dias 27 e 28 de julho o curso Manutenção de Árvores: técnicas de poda e treinamento de escalada em árvores. O custo é de R$ 500,00 e o participante receberá certificado da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. As vagas são limitadas e a inscrição deve ser solicitada aqui.

"A poda de uma árvore pode significar o melhor ou o pior desenvolvimento da planta ou, dependendo da intervenção, a morte de um exemplar", diz Walmir Schinoff, engenheiro agrônomo do Jardim Botânico. Schinoff também alerta que os aspectos de segurança são fundamentais para a realização deste tipo trabalho.

A programação prevê fundamentos de teoria e prática de técnicas de poda, corte em altura com segurança, análise de risco da área de trabalho e da árvore, técnicas de escalada, deslocamento na copa e resgate aéreo. A capacitação também vai tratar sobre a segurança que engloba os equipamentos para a escalada, sinalização, ancoragem e outros procedimentos.

Mais informações pelo telefone/fax (51) 3320-2024 ou pelo e-mail jbotanico@fzb.rs.gov.br. O evento é uma realização do Jardim Botânico da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul , conjuntamente com a Associação de Parceiros do Jardim Botânico (APJB).
Texto: Assessoria FZB
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305

FONTE: http://www.estado.rs.gov.br/

domingo, 21 de abril de 2013

AULA DE CAMPO "RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS" NO PARQUE ESTADUAL DO PAU FURADO - UBERLÂNDIA - MG

No último sábado (20/04/2013) realizei uma aula de campo no Parque Estadual do Pau Furado (PEPF), uma unidade de conservação do SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) situada no município de Uberlândia - MG. Trata-se de uma unidade de conservação de proteção integral com algumas importantes fitofisionomias representativas do cerrado! O parque possui uma área total de 2.186,85 hectares e abrange também o município de Araguari. Participaram desta aula de campo alunos da Faculdade Católica (especialização em Paisagismo e Plantas Ornamentais) e da UNIUBE (Engenharia Ambiental). Gostaria de agradecer a atenção e as explanações realizadas pelo gerente do parque, geógrafo Bruno Rosa Alves e também pelos monitores Guilherme de Oliveira Bueno (geógrafo) e Renata Leandra de Almeida Castro (bióloga), todos funcionários do IEF (Instituto Estadual de Florestas). Também gostaria de registrar e agradecer a participação dos professores Edivane Cardoso da Silva e Flávia Alice. A aula de campo foi muito proveitosa porque foi possível visitarmos diferentes áreas dentro do parque que estão sendo alvo de projetos de recuperação. Nessas áreas, embora com características (relevo, solo, etc) e estágios de recuperação diferentes, notamos que há o predomínio das técnicas de plantio direto. Entretanto foi possível constatar no bate papo entre alunos, professores e monitores do parque que há a necessidade de se estudar e testar com mais ênfase, as técnicas de nucleação. O PEPF tem um potencial incrível para a pesquisa e ecoturismo e o Bruno Rosa Alves nos afirmou que a unidade está a disposição para receber projetos de pesquisa, especialmente aqueles que utilizem ferramentas com vistas a preservação e manutenção da fauna e flora local. É importante que a população de Uberlândia e da região conheça nossas unidades de conservação e entenda a importância da preservação de áreas como essa. Já participei de alguns eventos no parque demonstrando as técnicas básicas de escalada em árvores e eventualmente participo de coletas de sementes como voluntário do parque e vou confessar, trata-se de um espaço incrível para laser e para pesquisa. Recomendo à todos que conheçam o PEPF, que inclusive oferece periodicamente cursos muito interessantes (brigadista de incêndio, primeiros socorros, etc) e para obter maiores informações sobre as atividades desenvolvidas lá, o internauta pode acessar o blog oficial do PEPF, muito bacana por sinal, pelo link: http://paufurado.blogspot.com.br/. Fiquem com o registro dessa aula nas fotos abaixo: